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Conselho Permanente da CNBB se encontrou para primeira reunião do ano nos dias 18 a 20 de março 3q4b1o

Conselho Permanente da CNBB se encontrou para primeira reunião do ano nos dias 18 a 20 de março 3q4b1o

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) esteve reunido na sede da entidade, em Brasília (DF), para a sua primeira reunião deste ano. O encontro começou na terça-feira, 18 de março, com uma reflexão proposta pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, cardeal Jaime Spengler, sobre o papel das Conferências Episcopais na promoção da sinodalidade. Em sua fala, o núncio apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquattro, falou sobre a fase de implementação do Sínodo 2021-2024, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. O arcebispo Dom Moacir Silva, Assessor Canônico integrante do Secretariado Geral da CNBB, participa da reunião.

A reunião do Conselho Permanente da CNBB reúne os membros da Presidência, os presidentes das doze Comissões Episcopais e os representantes dos Conselhos Episcopais Regionais (Consers). Também participam do encontro representantes de organismos vinculados e instituições relacionadas à Conferência.

Conferências no desenvolvimento da sinodalidade

Em sua fala inicial, dom Jaime recordou o parágrafo 125 do Documento Final do Sínodo sobre a Sinodalidade, que trata das Conferências Episcopais, instituições que “realizam a colegialidade dos bispos para favorecer a comunhão entre as Igrejas e responder mais eficazmente às necessidades da vida pastoral”. O texto destaca as Conferências dos Bispos como “instrumento fundamental para criar laços, partilhar experiências e boas práticas entre as Igrejas, adaptar a vida cristã e a expressão da fé às diversas culturas”. O Sínodo ainda apontou que as Conferências desempenham “um papel importante no desenvolvimento da sinodalidade, com o envolvimento de todo o Povo de Deus”.

Para dom Jaime, é importante recordar esses elementos apontados no sínodo e “ressaltar esse papel da comunhão que as conferências são chamadas a desenvolver”.

Implementação do Sínodo

A sinodalidade também esteve presente na fala do núncio apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquattro. Ele reforçou a fase de implementação do Sínodo 2021-2024, anunciado no último final de semana, e que culminará com a Assembleia Eclesial em 2028.

Segundo ele, essa fase de implementação tem o objetivo de “realizar a sinodalidade como uma dimensão essencial da vida eclesial”. O processo envolverá dioceses, conferências episcopais, institutos de vida consagrada, movimentos eclesiais e associações de leigos, “sem a convocação de um novo sínodo, mas com a consolidação de um caminho já percorrido”. E a Assemblei Eclesial de 2028 será “o momento culminante dessa fase”.

“A fase de implementação é um processo de transposição adaptado às culturas locais e às necessidades das comunidades. Por meio desse processo, o Santo Padre poderá ouvir, confirmar e validar as diretrizes que são aplicáveis a toda a Igreja. O objetivo desse processo é consolidar uma Igreja sinodal, que valoriza a participação de todos e o discernimento comunitário em comunhão com o magistério do Papa”, afirmou o núncio.

Dom Giambatistta Diquattro foi homenageado pelos bispos do Conselho Permanente por ocasião do seu aniversário, no dia de hoje. Ele manifestou gratidão “pela fraterna acolhida” que sempre encontra, “com gestos e palavras que muito me encorajam em meu ministério”.

O núncio também comentou a situação do Papa Francisco, internado há um mês no Hospital Gemelli, em Roma.

“Enviei o afeto filial e a oração fervorosa de toda a Igreja no Brasil para que, na fragilidade dessa provação, sinta fortemente a proximidade espiritual de seus filhos e filhas, juntamente com o doce consolo do Pai celeste, que nunca abandona aqueles que se entregam a Ele com confiança. Essa compreensão do sofrimento surge como sinal de solidariedade e unidade para a Igreja, para toda a família humana”, afirmou.

Para ele, “é comovente observar que, além dos fiéis católicos, irmãos e irmãs de outras confissões religiosas também rezam por sua saúde”.

Análise de conjuntura social

O primeiro tema da pauta abordado foi a análise de conjuntura social, apresentada pelo bispo de Carolina (MA), dom Francisco Lima Soares. Neste mês, o texto aborda a conjuntura internacional, aprofundando as “continuidades e rupturas em um mundo de incertezas”.

“Estamos em uma mudança de época com a dissolução da concepção integral do ser humano e de sua relação com mundo e com o sagrado”, observou dom Francisco. Nesse contexto de incertezas, inconsistências e instabilidades, apresentam-se na sociedade o individualismo e o enfraquecimento dos vínculos comunitários.

O texto da análise recorda ainda o texto enviado pelo Papa Francisco à Pontifícia Academia para a Vida, no último dia 3, no qual o pontífice destaca a necessidade de uma profunda reflexão sobre a atual “policrise”, que envolve desafios como guerras, mudanças climáticas, crises energéticas, pandemias, fluxos migratórios e inovações tecnológicas, e ressalta que essa convergência de crises demanda uma revisão das concepções humanas sobre o mundo e uma escuta atenta do conhecimento científico.

Outro ponto analisado pelo grupo de especialistas refere-se às disputas do poder global no atual contexto, a partir do novo governo dos Estados Unidos da América.

Conselho Permanente agradece ao ecônomo da CNBB pelo tempo de serviço prestado à Conferência

O bispo auxiliar de Olinda e Recife, dom Nereudo Freire Henrique, que é o ecônomo da CNBB desde 2014, despedindo-se da função, apresentou um balanço do que vem sendo feito pelo Conselho Gestor da CNBB, organismo do qual é membro desde 2023, em termos de melhorias de gestão na conferência.

Além de dom Nereudo, integram o Conselho Gestor da CNBB, o assessor de Gestão da Conferência, José Luna, e o sub subsecretario geral da CNBB, padre Leandro Megeto.

O ecônomo da CNBB apresentou um balanço superavitário no orçamento da CNBB no exercício 2024 e também um registro de aumento na arrecadação das Campanhas da Fraternidade e Campanhas para a Evangelização do ano ado. Dom Nereudo chamou a atenção sobre a importância de, tempos em tempos, tornar as duas campanhas da CNBB conhecidas junto aos padres e novos bispos de Brasil para que compreendam a sua finalidade.

Aprimoramento na gestão da CNBB

Dom Nereudo detalhou os trabalhos desenvolvidos pelo Comitê Gestor no campo de recursos humanos, como a implantação de um novo sistema de RH, com novas rotinas de gestão de pessoas (recrutamento, seleção, desenvolvimento de lideranças, avaliação de desempenho, cargos, funções, salários, compliance e código de ética e conduta e o programa de integração de novos colaboradores).

O ecônomo da CNBB apresentou ainda avanços nos Departamentos de Contabilidade como o fechamento do balanço 2024 no prazo, auditoria externa concluída, relatório confeccionado e todas as peças enviadas ao Conselho Fiscal. Na Secretaria Técnica, segundo dom Nereudo, foram implementadas melhorias no processo preparatório das Assembleias da CNBB.

Também foi apresentado como avanço o modelo de arrecadação e rees do Colégio Pio Brasileiro e o desenvolvimento e disponibilização da função de consulta de demonstrativo de resultados para os regionais, visando maior controle e transparência.

O membro do Comitê Gestor também falou dos processo de reforma da cozinha da Casa dom Luciano, das melhorias e projeto de reforma no Centro Cultural Missionário e da construção do Centro de Distribuição das Edições CNBB.

Agradecimentos e despedida

Desde 2014, monsenhor Nereudo é ecônomo da CNBB e, desde 2023, é membro do Comitê Gestor da Conferência dos Bispos. Desde 2020, também atua no economato da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil).

Ao final de sua apresentação, dom Nereudo agradeceu os anos em que esteve a serviço da CNBB afirmando que, na Conferência, compreendeu um pouco mais as dinâmicas da Igreja no Brasil tanto do ponto de vista da gestão quanto da Evangelização.

“A CNBB me deu a oportunidade de estar presente e sentir os desafios que a Igreja a nas regiões brasileiras. Muita gente que está fora não conhece ainda nossa CNBB, até mesmo parte do clero. Termino minha caminhada consciente de que é possível ter comunhão, fazer uma boa gestão e viver a Palavra de Deus, cuidando do planeta e dos mais empobrecidos”, disse.

Os membros do Conselho Permanente e da presidência da CNBB agradeceram a dom Nereudo pelo tempo de serviço dedicado à conferência.

Conselho Permanente discute Diretrizes Evangelizadoras e COP 30 em segundo dia de reunião

Na quarta-feira, 19 de março, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) deu continuidade a sua reunião deliberando e discutindo temas importantes para a Igreja no Brasil. Um dos momentos significativos da manhã foi a aprovação de uma carta destinada ao Papa Francisco, manifestando o carinho e a proximidade do episcopado brasileiro em relação ao Sumo Pontífice, especialmente neste momento de enfermidade e provação que ele atravessa. A carta expressa a solidariedade dos bispos brasileiros, ressaltando sua oração constante e apoio incondicional ao Papa, em um gesto de afeto e comunhão.

Na sequência, o arcebispo de Santa Maria (RS), dom Leomar Antônio Brustolin, apresentou aos membros do Conselho Permanente, para apreciação e acréscimos, a décima nona versão do texto das “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”, um documento que está sendo trabalhado com base em um processo de escuta e reflexão das dioceses e dos diversos organismos do povo de Deus. Dom Leomar destacou a importância da escuta como princípio central deste processo, algo que permeou toda a construção das Diretrizes ao longo dos três anos e meio.

A proposta é que o texto seja avaliado e aprovado na próxima Assembleia Geral da CNBB, que irá ocorrer de 30 de abril a 9 de maio, em Aparecida, São Paulo. A aprovação e o aprofundamento deste texto representam um o importante para a Igreja no Brasil, mostrando a disposição dos bispos em promover uma evangelização que seja fiel ao Evangelho e sensível às realidades contemporâneas.

Principais aspectos das Diretrizes

Segundo dom Leomar, o objetivo geral das Diretrizes é evangelizar, anunciando Jesus Cristo como Igreja peregrina e sinodal, fundamentada na Palavra e nos Sacramentos, e orientada pelo testemunho de fé, esperança e caridade. A proposta, de acordo com ele, é que o texto busque também dar visibilidade à formação de comunidades de discípulos missionários.

O texto das Diretrizes será estruturado em vários pontos, sendo que um dos mais importantes é a “escuta dos sinais”. O documento pretende seguir com a proposta de um discernimento contínuo e uma conversão pastoral para responder aos desafios atuais, além de orientar as práticas evangelizadoras da Igreja. As Diretrizes sugerem que a Igreja, como uma comunidade sinodal, deve estar atenta aos sinais dos tempos, buscando sempre uma renovação em seu compromisso pastoral.

“Temos uma acolhida muito grande às contribuições que nos tem chegado. Existem percepções que os senhores trazem e que são muito importantes”, disse dom Leomar.

Evangelização no meio empresarial

Outro tema abordado foi a evangelização no meio empresarial. A Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação da CNBB reforçou a importância de integrar os valores do Ensino Social Cristão nas atividades econômicas. Por isso, convidou representantes da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE), uma organização sem fins lucrativos, ecumênica e de diálogo interreligioso, para apresentar suas estratégias no sentido de aplicar esses valores nas empresas, com o intuito de promover uma ética empresarial mais humana e responsável.

A Associação tem como objetivo principal promover entre os líderes empresariais, dirigentes de empresas e empreendedores a formação e a implementação de uma economia que sirva em primeiro lugar às pessoas e o bem comum de toda a humanidade.

Também foram apresentados, por parte da Associação, a realização de congressos, simpósios e encontros de diálogo entre bispos e empresários. Esses eventos são uma oportunidade para aprofundar a reflexão sobre o papel da Igreja no mundo dos negócios e seu compromisso com a justiça social e econômica.

Igreja rumo à COP 30

A COP 30, que será realizada no Brasil, foi também tema central das discussões. Os membros que compõem o projeto “Igreja no Brasil rumo à COP 30” expam como está a preparação para fortalecer o compromisso da Igreja no Brasil com a justiça socioambiental, como solicitado pelo Papa Francisco, e como a equipe tem fortalecido esse processo.

Na ocasião, foi apresentado um vídeo com a explicação da identidade visual que será utilizada pela Igreja no Brasil rumo à COP 30, reafirmando seu compromisso com a proteção do meio ambiente e com a denúncia das falsas soluções climáticas que surgem no debate global. O foco está na proteção dos territórios dos povos originários e tradicionais, na promoção da igualdade, no combate ao desmatamento e na transformação do sistema econômico para garantir um futuro mais sustentável.

Com a palavra, dom Jaime Spengler, presidente da CNBB, reafirmou a necessidade de uma presença forte e profética da Igreja, especialmente no contexto de urgência climática. Para isso, disse que é fundamental construir uma narrativa sólida e engajada, alinhada com os apelos papais.

Pré-COPs e formação ecológica

O grupo explicou, ainda, que a Igreja no Brasil está organizando uma série de Pré-COPs em todo o Brasil, com o objetivo de formar lideranças eclesiais e motivar a mobilização local em prol da preservação ambiental. Esses encontros preparatórios, divididos por macrorregião, visam aprofundar o entendimento sobre a crise climática e suas implicações para o futuro, além de garantir um impacto local efetivo.

Convite à reflexão – Em sua intervenção, dom Pedro Brito, arcebispo de Palmas, recordou que há uma cartilha produzida pela Rede Eclesial Pan-Amazônica “ABC das COPS” que destaca a relevância da COP 30 para a Amazônia e para os povos da região, lembrando a importância da Igreja se envolver ativamente nesse processo.

Na sequência, dom Vicente Ferreira, bispo de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia, reforçou ainda a necessidade dos bispos de divulgar artigos de opinião e outros materiais sobre o tema, para estimular o debate e a reflexão nos regionais da CNBB.

Fonte: CNBB

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