Jubileu 2025: 32 milhões de peregrinos e mostras itinerantes em hospitais e cárceres Os detalhes foram compartilhados em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (9) pelo pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella, e pelo subsecretário, dom Graham Bell. Com o intuito de valorizar o lema do Jubileu, a mensagem de esperança deverá chegar até os hospitais e os cárceres de Roma com mostras de arte internacionais. Site, App e Cartão do Peregrino, assim como novas obras estruturais em Roma, foram divulgados oficialmente. 24633w
Andressa Collet – Vatican News
São esperados pelo menos 32 milhões de peregrinos em Roma para o Jubileu 2025, confirmou o pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (9) para apresentar a fase de preparação e também detalhes do Ano Jubilar que será aberto em dezembro de 2024. A data de início com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, bem como a data de encerramento, serão divulgadas na Bula de Proclamação que será publicada exatamente daqui a um ano, em 9 de maio de 2024.
Em resposta aos jornalitas, dom Fisichella explicou que foi encomendado um estudo à faculdade de Sociologia da Universidade Roma 3, solicitando projeções para o número de peregrinos esperados para o Jubileu. Os dados, já compartilhados com o governo, revelam que a capital italiana deve receber pelo menos 32 milhões de peregrinos. “É claro que, vendo como estava Roma em janeiro e fevereiro deste ano, que normalmente era vazia e agora está transbordando, talvez essas estimativas também possam estar sujeitas a mudanças. Por enquanto, vamos nos ater aos estudos feitos”, disse dom Fisichella.
Fase preparatória entre Santa Sé e Itália
O pró-prefeito do Dicastério, ao se referir a projetos que visam facilitar o acolhimento aos milhões de peregrinos, disse que já há vários meses a Santa Sé e o governo italiano – como a própria região do Lazio e a prefeitura de Roma – vêm promovendo encontros quinzenais para tratar das intervenções na cidade. Um deles aconteceu em 19 de abril, no Palácio Apostólico, inclusive com a participação da primeira-ministra do país, Giorgia Meloni.
As reuniões são para resolver problemas típicos ligados ao acolhimento (como segurança, saúde, transporte e voluntariado, por exemplo), mas também para analisar as obras estruturais necessárias para tornar a cidade mais moderna, inclusiva e sustentável. Dom Fisichella confirmou, assim, que o percurso entre o Castel Sant’Angelo e o início da Via della Conciliazione, que dá o à Praça São Pedro e por onde ainda há circulação de veículos, será fechada para criar uma grande área para os pedestres. As obras devem começar em julho, em trabalhos diários de 24h, com a esperança de que em 8 de dezembro de 2024 as maiores intervenções já estejam concluídas, comentou ele, ao acrescentar: “certamente entendemos as dificuldades que serão enfrentadas pelos cidadãos e turistas, que serão forçados a usar rotas alternativas para se locomover pela cidade, devido à presença dos canteiros de obras”.
Exposições itinerantes de arte em hospitais e cárceres
Uma fase preparatória técnica – igualmente necessária, reforçou dom Fisichella, mas que caminha paralela àquela ligada à celebração do evento jubilar. Por isso a instituição de quatro comissões preparatórias (pastoral, cultural, de comunicação e ecumênica), de um comitê técnico e de comissões de delegados das dioceses italianas e das Conferências Episcopais. O nosso objetivo, disse ele, é que “o peregrino se torne turista, assim como o turista possa ficar fascinado pela experiência de ser peregrino”.
O anúncio, então, da primeira grande exposição que poderá ser conferida gratuitamente de setembro a início de outubro deste ano na Igreja Sant’Agnese in Agone, na Piazza Navona: a mostra do artista espanhol renascentista El Greco. “São obras que nunca deixaram a Espanha e que foram colocadas à disposição justamente para essa circunstância, quase que para dar início oficial às iniciativas culturais”, disse entusiasta dom Fisichella. Manifestações do gênero, acrescentou ele, que na sua maioria serão de o gratuito e poderão se tornar itinerantes já que devem sair de igrejas e ir a hospitais e cárceres num verdadeiro movimento para valorizar os “Peregrinos de esperança”, como é o lema do Jubileu 2025, levando a mensagem da esperança a diferentes lugares.
Site, App e Cartão do Peregrino
O novo site do Jubileu 2025 – o www.iubilaeum2025.va, já ativo em italiano -, será aberto ao grande público em 9 línguas a partir desta quarta-feira (10). A partir de setembro o portal dará a possibilidade de já se fazer a inscrição aos eventos e à peregrinação à Porta Santa, enalteceu o subsecretário do Dicastério, dom Graham Bell, também presente na coletiva de imprensa. Com o à página pessoal na Área do Peregrino, vai dar para obter o Cartão do Peregrino, em versão digital, e com dupla função: vai ajudar a istrar os milhões de peregrinos presentes em Roma, além de oferecer serviços com descontos nos setores de transporte, hotéis e restaurantes.
O aplicativo do Jubileu 2025, jovem e ágil, disponível para Android e IOS – o iubilaeum2025, também estará ativo a partir de setembro deste ano, como inclusive os perfis sociais no YouTube, Instagram, Facebook, Twitter e na própria plataforma de vídeos curtos, o TikTok.
Já em 1º de junho será aberto o Centro para Peregrinos na Via della Conciliazione 7, em Roma. No Info Point para o Jubileu, fiéis e turistas poderão pedir informações sobre como participar, como tornar-se voluntário ou sobre como organizar a própria peregrinação em 2025.
Hino oficial do Jubileu 2025
Durante a coletiva de imprensa também foi anunciado o vencedor do concurso internacional para o hino oficial do Jubileu de 2025 entre 270 inscritos provenientes de 38 países: o maestro sco Meneghello, da cidade italiana de Mantova. O texto é de Pierangelo Sequeri. Para a ocasião, o coro da Capela Sistina gravou uma prévia para ser divulgada aos presentes.
Dom Fisichella finalizou a apresentação afirmando que “todos nós desejamos que o anúncio de esperança que provém do próximo Jubileu possa ser real, concreto e tangível por meio de tantos sinais de solidariedade que ajudarão a recuperar uma perspectiva mais serena e confiante nas relações pessoais e interpessoais, levando uma contribuição para um mundo mais humano e uma transmissão de geração em geração da tradição viva da nossa fé”.